Benjamin Netanyahu, que esteve no domingo (23) em digressão na Cisjordânia com o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, disse que vai ouvir as propostas de paz dos EUA, acrescentando no entanto que “qualquer futuro acordo” com a Palestina deve garantir a presença de Israel no Vale do Jordão.
As imagens divulgadas ontem, explica a Sputnik, mostram o primeiro-ministro de Israel e o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, a observar os territórios ocupados por Israel a partir de uma aeronave e no terreno.
O primeiro-ministro Netanyahu visitou hoje o Vale do Jordão com o assessor de Segurança Nacional dos EUA John Bolton. “Em qualquer futuro acordo de paz, nossa posição é que a presença de Israel aqui deve continuar – para a segurança de Israel e para a segurança de todos”, disse o primeiro-ministro.
Falando à imprensa, Netanyahu disse que Israel não iria deixar este território sob nenhum acordo, afirmando que isso assegura “a profundidade estratégica e altura estratégica mínimas para a defesa do nosso país”.
A presença de Israel garante estabilidade e segurança para toda a região
O primeiro-ministro israelita frisou também que a presença de Israel no Vale do Jordão “garante a estabilidade e segurança para toda a região” e que a saída das Forças de Defesa de Israel dos territórios palestinos ocupados resultaria em “guerra e terror”.
“Para aqueles que dizem que, para a paz ser estabelecida, Israel tem que deixar o Vale do Jordão, eu digo: isso não iria trazer paz. Isto iria trazer guerra e terror – e nós já passamos por isto. Não queremos passar por isto novamente”, afirmou Netanyahu.
Israel irá examinar o plano de paz para o Oriente Médio proposto pelo presidente dos EUA Donald Trump “de uma forma justa e aberta”, disse Netanyahu um dia após o assessor sénior da Casa Branca Jared Kushner ter apresentado a parte económica do acordo, informa RT.
No início desta semana, Jared Kushner revelou a parte econômica do plano de paz norte-americano para a região, envolvendo US$ 50 biliões de investimentos nos territórios palestinos e em países vizinhos. A parte política do plano, que é destinada a pôr fim ao conflito entre Israel e os palestinos, continua em segredo. A totalidade do plano será divulgada por Kushner, na capital do Bahrain, Manama, na próxima semana.