Depois de anunciar o controlo de Mariupol, o presidente russo cancelou o assalto à zona industrial de Azovstal.
Durante uma reunião governamental transmitida pela televisão pública da Rússia, Vladimir Putin disse ao ministro da Defesa que considera esta operação inapropriada porque põe em risco a vida dos militares russos.
“Este é um dos casos em quando devemos pensar – devemos sempre pensar – mas neste caso, ainda mais sobre a preservação da vida e da saúde dos nossos soldados e oficiais. Não há necessidade de entrar nestas catacumbas e no subsolo através destas instalações industriais. Bloqueiem esta zona industrial para que nem uma mosca consiga passar”, disse Putin a Serguei Shoigu.
Segundo a agência de noticias Reuters, o ministro da Defesa russo terá informado o Kremlin de que ainda há cerca de 2 mil combatentes ucranianos na fábrica Azovstal, mas que mais de 1400 já se renderam.
Segundo os media locais, o chefe da delegação de negociadores ucranianos, David Arakhamia, anunciou que está pronto para viajar até Mariupol e iniciar as negociações com a Rússia.
Entretanto, a vice-primeira-ministra da Ucrânia exigiu que a Rússia permita a criação de um corredor humanitário para retirar os civis e os militares que ainda estão no complexo industrial Azovstal.