RTP
Em conferência de imprensa na manhã desta sexta-feira, Assunção Cristas defendeu que o descongelamento da totalidade do tempo de serviço reivindicado pelos professores não irá prejudicar o Orçamento do Estado.
“O que foi aprovado ontem foram os nove anos, porque se o princípio é descongelar, então não aceitamos branquear o passado”, garantiu Cristas. “O CDS fez o que disse sempre que faria: ser justo com os professores”.
Cristas acusou o Governo de montar uma “fantochada” e de atuar com base na “desonestidade política e intelectual”, atirando areia para os olhos das pessoas e desinformando-as. “No CDS não aceitamos esta manipulação da verdade”, frisou.
“O que foi aprovado não aumenta num cêntimo que seja o encargo para o Orçamento. Não há, por isso, qualquer proposta irresponsável, como querem fazer querer”.
A líder do CDS-PP acusou também o Governo de ignorar o facto de o período inicial de congelamento das carreiras dos professores ter ocorrido sob o mando de um Governo socialista.
“Quanto ao tempo de congelamento, a proposta do Governo era considerar sete anos, ou seja, do tempo da Troika para cá, e esquecer que o primeiro período de congelamento foi entre 2005 e 2007, no Governo socialista de José Sócrates”.
Quanto à forma de pagamento dos nove anos, quatro meses e dois dias, Cristas assegura que este seria feito com base numa negociação que teria em conta vários fatores.
“Em relação à forma como pode ser pago esse período, nós temos sido cristalinos, de uma honestidade e de uma frontalidade ímpar desde o primeiro momento (…) queremos negociar com base no crescimento económico, nas aposentações, na avaliação dos professores e na carreira dos professores”
Se o CDS chegar a um futuro Governo, “vai fazer uma negociação muito séria e muito honesta com base nestes pontos”, garante.
A líder partidária desafiou ainda o Governo a apresentar uma moção de confiança. “Por nós CDS este Governo já tinha terminado há muito. Do nosso lado estamos sempre preparados para eleições”.