Líderes sindicais da educação na região sul de Angola solidarizam-se com a recente condenação a 8 anos de prisão ao professor na província do Cunene por abuso sexual a uma aluna.
João Francisco, Secretário do SINPROF na Huíla e coordenador daquele sindicato na região sul disse que a pena aplicada ao professor Francisco Campos Manuel, deve servir de exemplo para a classe.
“Na nossa sociedade naquilo que é o nosso africanismo não se permite, porque o professor é o segundo pai, o professor é um educador, o professor é aquele que transmite valor, o professor é aquele que faz a continuidade da nossa cultura de geração a geração”, reagiu.
Martinho Jamba Nganga, secretário do Sinprof Namibe, disse que professores sem moral não merecem ficar à frente dos alunos.
“É muito grave isso, professor deste tipo nós não precisamos no sector da educação”, defendeu o sindicalista.
Francisco Campos Manuel, à data dos factos era professor de carreira e director por inerência de funções na escola primaria de Onameva. O juiz Yuri Martinho da Cunha, na nota de pronúncia lida a 24 de Setembro, esclareceu os meandros utilizados pelo professor.
“Algum tempo o arguido regressava ao encontro da ofendida e pede que a mesma que o acompanhe até ao seu gabinete, com argumentos de que lá, encontraria o valor em causa”, lê-se na nota de pronúncia.
Os juízes do Tribunal da Comarca do Cunene decidiram condenar o réu Francisco Campos Manuel a uma pena de 8 anos de prisão, pelo crime de abuso sexual da aluna.