A rede eléctrica nacional conhece novo impulso com a reparação e construção de várias centrais térmicas, em especial em províncias que ainda precisam de sistemas autónomos de fornecimento de energia como são os casos das províncias do Sul – Cunene, Huíla e Namibe, a que se acrescentam Cuando Cubango, Lunda Norte e Cabinda.
A Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL-E.P) é a responsável pelo pagamento de 39,8 mil milhões Kz em obras de construção de centrais térmicas nas províncias de Cabinda, Cuando Cubango, Cunene e Huíla a fim acabar com as restrições no fornecimento de energia eléctrica, nas cidades capitais das referidas províncias, de acordo com o despacho presidencial n.º 177/21, de 26 de Outubro, que define cabe ao Ministério da Energia e Águas a competência, com a faculdade de subdelegar, a prática de todos os actos decisórios e a aprovação tutelar dos procedimentos.
Nas últimas semanas, e devido a uma avaria na central de Malembo, houve restrições no fornecimento de energia eléctrica à cidade de Cabinda e bairros periféricos em períodos intercalados.
Em Cabinda, a empresa pública vai gastar 12,4 mil milhões Kz (31,2% do valor global), na prestação de serviços para a inspecção e substituição de vários equipamentos nas turbinas da Central Térmica de Malembo.
No Cuando Cubango, a reparação do alternador/gerador Andritz de potência 11.5 KV – trifásico, 45.000 KVA, 50 HZ da central do Cuebe, vai custar 1,8 mil milhões Kz, o equivalente a 4,6% do total das despesas previstas.
No Cunene, a construção, instalação e comissionamento de duas Turbinas GE TM2500 GEN8 da central térmica de Ondjiva, está avaliada em 11 mil milhões Kz, o que corresponde a 27,7% da despesa total.
Já na Huíla a PRODEL vai investir 6,7 mil milhões Kz (16,9%) para a prestação de serviços e desmontagem, montagem, instalação e comissionamento de duas Turbinas TM2500 GEN8, bem como trabalhos electromecânicos para o parque de combustível na Central Térmica da Anexa do Lubango.
A Huíla também tem sofrido nos últimos meses apertadas restrições de energia, algumas das quais ultrapassam as 24 horas de interrupção de fornecimento.
Na Lunda Norte, a empresa de electricidade vai pagar 3 mil milhões Kz (7,6% do valor global das despesas) em serviços de operação, manutenção e revisão, através do regime 24/24h e apoio técnico à Central Térmica do Dundo.
A manutenção, revisão em regime 24/24h das centrais térmicas do Tômbwa e do Xitoto II, na província do Namibe, vai custar 4,9 mil milhões Kz (12,4%).
O diploma refere, ainda, que havendo a necessidade de adopção de um procedimento célere e desconcentrado para a tomada de decisões contratuais, é autorizada a despesa e formalizada a abertura do procedimento de contratação emergencial para a celebração dos contratos de empreitada.