A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, pediu, esta sexta-feira, no Lubango, à população do Toco a participar, de forma activa, na implementação do Programa de Desenvolvimento Comunitário Integrado (PDIC), a fim de melhorar as condições sociais da comunidade.
A patrona da Fundação Ngana Zenza, organização que está a desenvolver o programa na localidade do Toco, a 35 quilómetros da cidade do Lubango, afirmou que uma participação contínua e o acompanhamento são fundamentais para o sucesso do programa.
“Se não se envolverem, não vamos poder fazer nada. Sabemos que podemos contar com o apoio do Governo da província e a contribuição dos que residem no Toco é necessária também”, disse.
Segundo a responsável, a Fundação Ngana Zenza não vai resolver todos os problemas, mas ajudar as autoridades tradicionais, religiosas e o Estado representado na povoação a minimizar as dificuldades enfrentadas pela comunidade, pelo que a participação de todos é essencial.
Ana Dias Lourenço informou estar-se a mobilizar os recursos materiais e financeiros para iniciar no terreno as acções práticas, com vista a resolução dos problemas identificados, processo que começou com a instalação de uma unidade de implementação do Programa, no Lubango.
Conforme Ana Dias Lourenço, numa primeira fase, o programa vai juntar-se, em trabalho com a comunidade, para definir-se as prioridades para as duas fases de implementação.
Explicou que precisam do engajamento, participação de toda a população da povoação, em particular dos jovens, as autoridades tradicionais e os representantes do Estado que vão implementar a iniciativa.
Avançou a pretensão de se criarem as condições para que a vida das populações melhore, começando com as crianças, para que todas tenham assistência, vacinas, uma boa alimentação e escola.
“Pretendemos que as mamãs, quando forem ao mercado do Km 40, com a sua produção, não precisem levar as crianças e vamos criar alguns pontos para que os menores sejam cuidados por outras mães na comunidade”, continuou.
Reforçou o trabalho com as mulheres da localidade, por serem a maioria, com ensinamentos de como podem melhorar a vida na família, cuidar das crianças, ler e escrever, criar uma mentalidade em que cada uma vai saber defender a sua vida e sua linhagem.
Para os jovens que estão a sair do sector do Toco para a cidade do Lubango, a Primeira-Dama revelou estar na forja a criação de actividades de fixação e atracção, com acções de formação que os mantenha na localidade e ajudem a desenvolvê-la.
“São eles que vão construir uma habitação, ajudar a guardar e proteger dos vândalos os equipamentos que forem construídos em cada uma das aldeias, capacitados e mobilizados para alfabetizar entre outras competências”, frisou.
Ana Dias Lourenço mostrou-se preocupada com a distância que separa as várias aldeias do sector, pelo que solicitou um estudo com as autoridades do Toco para ver como melhorar o ordenamento e distribuição das pessoas na localidade, sem pôr em causa as razões tradicionais e culturais.
O Programa de Desenvolvimento Integrado Comunitário do Toco (PDIC), da Fundação Ngana Zenza, liderada pela Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, vai ser implementado até 2025 e prevê apoiar três mil, 887 famílias, que correspondem a 18 mil 282 pessoas da localidade.
Com o trabalho de campo e o contacto com a população, a Primeira-Dama concluiu o seu programa de visita de dois dias à Huíla, iniciado na quinta-feira com o lançamento do Programa de Desenvolvimentos Comunitário e Integrado do Toco, o primeiro projecto da Fundação. EM/MS