O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se neste sábado com seu colega cubano Raúl Castro, no primeiro encontro entre dirigentes destes países em mais de meio século.
A reunião – constatou um jornalista da AFP – teve início logo depois da foto oficial dos presidentes que participaram na VII Cúpula das Américas, na qual é a primeira vez que Cuba participa.
“Este é um momento histórico”, afirmou Obama aos jornalistas antes do início da reunião.
“A história entre Estados Unidos e Cuba foi complicada”, assinalou ainda.
“Depois de 50 anos de políticas que fracassaram, é hora de tentar algo novo”, acrescentou.
Castro, que estava a seu lado, destacou: “devemos ter muita paciência”.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, explicou neste sábado ao líder cubano, Raúl Castro, que “era o momento” de seu país tentar “algo novo” na relação com Cuba porque a política anterior não funcionou, durante a histórica reunião que realizaram no Panamá no marco da Cúpula das Américas.
A esperada reunião, a primeira entre dois presidentes de ambos países em mais de meio século, aconteceu em uma pequena sala dentro do Centro de Convenções Atlapa do Panamá, onde está sendo realizada a VII Cúpula das Américas com a presença dos 35 países do continente, inclusive Cuba, pela primeira vez na história.
Obama e Castro estavam sentados um ao lado do outro, em um formato similar ao usado quando o líder americano recebe um presidente estrangeiro no Salão Oval.
É uma reunião “histórica”, admitiu o próprio Obama, que reconheceu também que a história entre os dois países é “complicada”.
“Agora estamos em condições de avançar no caminho para o futuro”, ressaltou o presidente americano.
Segundo Obama, a maioria dos americanos e também dos cubanos respondeu de forma positiva ao anúncio para a normalização diplomática que ele e Castro fizeram em Dezembro do ano passado.
“Com o tempo é possível que possamos virar a página e desenvolver uma nova relação entre nossos dois países”, ressaltou Obama.
A reunião de hoje entre Obama e Castro esteve precedida de uma conversa telefónica na quarta-feira passada e que esteve centrada em revisar o processo para a restituição das relações diplomáticas bilaterais, que deve levar à reabertura de embaixadas em Washington e Havana.
Essa abertura, para a qual ainda não há data, também foi tratada na reunião de três horas que realizaram na quinta-feira no Panamá o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler da ilha, Bruno Rodríguez, que até hoje tinha sido o contacto do mais alto nível diplomático entre Estados Unidos e Cuba desde 1958. (AFP/EFE)