25.6 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Presidente sul-africano prolonga presença militar em Moçambique por mais três meses

PARTILHAR

O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa confirmou a permanência por mais três meses dos 1.495 militares destacados para Moçambique e que integram a missão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, SAMIM, nas siglas em inglês.

O contingente foi inicialmente enviado no final de Julho para a província de Cabo Delgado por um período de três meses.

Entretanto, a 5 de Outubro, a troika da SADC aprovou a extensão do período da missão, sem, no entanto, indicar a data do fim da estada das tropas em Moçambique.

Uma carta do Presidente sul-africano, datada de 15 de Outubro, enviada ao presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e aparentemente entregue na reunião do Comité Permanente Conjunto de Defesa nesta sexta-feira, 29, confirma a extensão por mais três meses.

“Alarguei a missão dos 1.495 membros da SANDF para o serviço, no cumprimento de uma obrigação internacional da África do Sul para com a SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), a fim de apoiar Moçambique no combate a actos de terrorismo e de extremistas violentos que afectam a província de Cabo Delgado”, lê-se na carta do Presidente Cyril Ramaphosa, citada pelo portal Defenceweb.

De acordo com o documento, a extensão da “Operação Vikela”, como é chamada na África do Sul, deve custar cerca de 64,5 milhões de dólares, mas não há qualquer indicação sobre a fonte de financiamento desta despesa.

África do Sul, Botswana, Lesoto, Tanzânia e Angola enviaram tropas para a SAMIM que estão no terreno juntamente com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e um contingente de quase dois mil militares do Ruanda a combater a insurgência que, desde Outubro de 2017, provocou mais de três mil mortes e cerca de 850 mil deslocados.

As forças conjuntas têm anunciado vitórias no campo militar e garantem que os deslocados começam a regressar às suas áreas de residência.

No entanto, como a VOA tem noticiado, vários deslocados ainda têm medo de regressar e as infraestruturas destruídas não começaram ainda a ser reerguidas.

O Governo aprovou um plano de 300 milhões de dólares para a recuperação das áreas atingidas e apoios aos deslocados e assegurou que metade daquele valor está assegurada.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Botswana e Moçambique duas visões opostas da África Austral

Estes últimos dias, ocorreu uma história de duas transições na África Austral. Primeiro as boas notícias. O Botswana, com...

Vários mortos nas manifestações em Moçambique

Várias cidades de Moçambique foram este sábado (02.11) palco de protestos contra os resultados eleitorais. Há registo de, pelo...

Tensão política em Moçambique atinge ponto crítico após eleições contestadas

Os moçambicanos preparam-se para mais turbulência política na sequência do apelo do líder da oposição, Mondlane, para uma semana...

Crise política agrava-se em Moçambique com manifestantes e jornalistas atacados esta manhã em Maputo pela polícia

A Polícia moçambicana dispersou esta manhã, 21 de outubro, uma manifestação no centro de Maputo, convocada pelo candidato presidencial...