O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta terça-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque (EUA), a necessidade de reforma das instituições internacionais, sobretudo no que toca ao sistema das Nações Unidas, por maiores direitos.
Ao intervir no debate geral no quadro da 78ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, o líder português argumentou que hoje se convive com um Conselho de Segurança que não corresponde ao Mundo actual, defendendo por isso a posição do país em tornar-se membro permanente deste órgão, tal como o Brasil.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ainda a reforma das instituições concebidas no século passado, totalmente afastadas da realidade do mundo actual, para que seja possível construir a paz, ligando estas duas urgências ao respeito pela Carta das Nações Unidas.
“Não há reforma das instituições sem respeito pela carta das Nações Unidas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente português instou ao respeito da Carta das Nações Unidas no sentido de garantir a paz no mundo, chamando ainda a atenção para a necessidade de acelerar a luta contra as alterações climáticas.
Por outro lado, Marcelo de Sousa anunciou que Portugal acaba de celebrar, com Cabo Verde, um acordo de conversão da dívida do Estado num fundo ambiental e climático, convertendo a dívida do devedor em contributo do credor ao desenvolvimento económico e sustentável.
Adiantou que deve acontecer sistematicamente com as dívidas existentes e com o financiamento do desenvolvimento sustentável, sublinhado a intenção de Portugal estender o projecto a outros países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A 78ª Sessão da Assembleia Geral da ONU decorre sob o tema “Reconstruir a confiança e reacender a solidariedade global: acelerar a acção sobre a Agenda 2030 e seus Objectivos de Desenvolvimento Sustentável em direcção à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todos”.
O debate geral da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas foi antecedido da Cúpula dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável