De acordo com uma nota chegada à ANGOP, o Chefe de Estado considera Rui Mingas como uma personalidade de grande prestígio, que em várias frentes e em diversas funções representou com talento, competência e dignidade o país.
“Com profunda consternação recebi a triste notícia do falecimento de Rui Mingas”, lê-se na mensagem.
Recorda que o inditoso começou por elevar o nome de Angola no atletismo profissional em Portugal e, desde cedo, se afirmou como compositor e cantor, como símbolo de resistência contra o poder colonial.
A título de exemplo, refere a nota, pertencem a Rui Mingas “vários clássicos da música angolana, entre eles a música do Hino Nacional”.
Acrescenta que, na Angola independente, exerceu cargos de responsabilidade política, tanto a nível interno como externo, e cívica, tendo sido deputado à Assembleia Nacional, secretário de Estado da Educação Física e Desporto, embaixador e reitor de uma universidade privada.
“O seu passamento empobrece o nosso país e deixa de luto a sua família e toda uma vasta legião de amigos e companheiros de trabalho. A todos, em particular à sua viúva e filhos, expressamos as nossas condolências e os nossos sentimentos de pesar”, concluiu o estadista angolano.
Um dos autores da letra do Hino Nacional de Angola, juntamente com o escritor Manuel Rui Monteiro, Rui Mingas participou activamente no processo que culminou com a independência de Angola, em 11 de Novembro de 1975, no termo de quase cinco séculos de colonização portuguesa.
Da obra discográfica, destacam-se “Cantiga por Luciana”, “Poema da farra”, “Makezu”, “Muadiakimi”, “Birin birin”, “Monagambé”, “Adeus à hora da partida” e “Meninos do Huambo”.MCN