Condenado esta terça-feira a 18 anos de prisão, o ex-magnata chinês da imobiliária, Ren Zhiqiang, era conhecido pelas suas diatribes contra o poder. Personalidade mais recente acusada por corrupção no quadro campanha anti-corrupção lançada pelo Presidente chinês, o empresário foi condenado por ter comparado Xi Jinping a um palhaço que sonha ser imperador.
Um antigo dirigente do sector imobiliário chinês, crítico do Presidente, Xi Jinping, foi condenado hoje a 18 anos de prisão, por corrupção, anunciou a justiça chinesa.
Ren Zhiqiang, antigo presidente do grupo imobiliário, Huayuan, foi ainda condenado a uma multa de cerca de 525.960 euros, indicou o tribunal de segunda instância de Pequim.
O empresário chinês restituiu todos os ganhos acumulados ilegalmente, reconheceu voluntariamente os seus crimes e aceitou a sua condenação sem intenções de recorrer para uma instância superior.
Ren Zhiqiang, foi preso em Março após ter assimilado o presidente Xi Jingping, a um palhaço quando o mesmo felicitava o seu governo pela boa gestão da crise do coronavírus.
Numa caricatura que não mencionava explicitamente o nome de Xi Jinping, o empresário, Ren Zhiqiang dizia não ter visto “um imperador vestido o seu fato dominical mas um palhaço nu convencido de que é imperador”, anunciou o jornal online, China Digital, com sede nos Estados Unidos.
Zen Zhiqiang a mais recente personalidade chinesa a cair em desgraça
Zen Zhiqiang, tinha sido excluído do partido comunista chinês em Julho e acusado de desvio de fundos para dar vazão à sua paixão pelo golfo ou ainda ter acumulado ilegalmente importantes somas de dinheiro.
O empresário Zhiqiang que chegou a ser homem de confiança, de Xi Jinping, é a mais recente personalidade a cair em desgraça no quadro da campanha contra a corrupção lançada pelo Presidente chinês.
Antes dele tinham sido presos Zhou Yongkang, antigo chefe da polícia de segurança, o chamado príncipe vermelho, Bo Xilai, ex- patrão da zona metropolitana do sudoeste, ou Meng Hongwei, antigo patrão da Interpol, que desapareceu em Setembro de 2018, para surgir em Pequim 10 dias depois e ser condenado a 13 anos de prisão por corrupção.