Os líderes do golpe de Estado no Níger dizem que vão acusar o Presidente deposto Mohamed Bazoum por “alta traição” e de ter minando a segurança do Estado.
Se for considerado culpado, Bazoum pode enfrentar a pena de morte, de acordo com o código penal do Níger.
O anúncio foi feito horas depois da junta dizer que estava aberta ao diálogo com as nações da África Ocidental para resolver a crise.
Apesar das divisões internas, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), privilegiando a via do diálogo, deu luz verde a uma intervenção armada contra os militares que tomaram o poder a 26 de julho no Níger, ativando a sua força de prontidão.
Mas os especialistas duvidam da viabilidade de uma operação militar de alto risco e difícil de implementar.
Desde o golpe militar, a violência jihadista também está a aumentar no país. O Níger era visto pelas nações ocidentais como um dos últimos países democráticos na região do Sahel com o qual poderiam fazer parceria para conter a crescente violência jihadista ligada à Al Qaeda e ao grupo Estado Islâmico.
A França, os Estados Unidos e outros países europeus despejaram centenas de milhões de dólares para sustentar as forças armadas do Níger. Desde o golpe, a França e os Estados Unidos suspenderam as operações militares.