A Associação de Jornalistas da Bielorrússia (AJB) recebeu o Prémio Mundial da Liberdade de Imprensa, da Unesco
A cerimónia decorreu em Punta del Este, no Uruguai, onde está a decorrer a conferência global sobre a Liberdade de Imprensa, e o prémio foi entregue ao presidente da associação, Andrei Bastunets que garante que os jornalistas bielorrussos vão continuar a defender a informação
“Quero agradecer a todos os meus colegas que continuam a trabalhar na Bielorrússia. Por vezes dizem que já não há jornalismo na Bielorrússia – isso não é verdade. As pessoas trabalham na Bielorrússia. Redações inteiras estão a trabalhar na Bielorrússia, apesar das severas ameaças e da enorme pressão a que os jornalistas estão sujeitos”.
A associação recebeu o prémio pelo esforço na preservação da liberdade de imprensa na Bielorrússia, onde os jornalistas são ameaçados e forçados a fugir.
Andrei Bastunets teve de abandonar o país no ano passado e a sua participação nesta gala não foi anunciada por razões de segurança.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, abriu a cerimónia a falar sobre a perseguição de jornalistas em todo o mundo.
“De acordo com os nossos dados, um total de 884 perderam a vida só por fazerem o seu trabalho entre 2012 e 2021. Quase 9 em cada 10 destes assassinatos ficam por resolver e continuam sem ser punidos”, disse.
O Jornalismo vive uma era de grandes desafios como a opressão política, as notícias falsas, a desconfiança do público, a desinformação, assim como os riscos decorrentes das tecnologias de informação.
A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) denuncia a espionagem informática de que os jornalistas são alvo.
Com este prémio, a UNESCO recorda a importância do jornalismo rigoroso e verdadeiro, um pilar fundamental da democracia.
O Parlamento Europeu assinalou a data, lembrando que a Liberdade de Imprensa é um dos valores fundamentais da União Europeia.