Um homem de 33 anos, professor de profissão, foi detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), acusado de matar e enterrar o corpo de uma jovem de 19 anos no interior da escola Njozi-Yetu, no bairro Tandi, zona do Caloundo, município de Viana, em Luanda.
De acordo com denúncias, o “predador sexual”, agora à contas com a justiça e em prisão preventiva, já abusou sexualmente de pelo menos mais três meninas naquele estabelecimento de ensino, sendo que, a última vítima, acabou em homicídio.
Segundo porta-voz do SIC-Luanda, Fernando de Carvalho, a detenção do acusado ocorreu no âmbito da intensa investigação em torno do desaparecimento de Elisa Taty Sebastião Buana, no início do mês de Novembro do ano passado.
“Apurou-se que a vítima e o acusado começaram a interagir a partir da rede social Facebook de onde fluiu uma suposta amizade. Mas, não satisfeito com a interacção virtual, o agressor persuadiu a vítima a ir ao seu encontro no município de Viana, bairro Tande, no colégio Njozi-Yety, que o mesmo alegou ser sua propriedade, onde abusou sexualmente e por repetidas vezes da jovem”, disse o oficial da Polícia Nacional.
O responsável acrescentou que, para ilibar-se do crime, o acusado decidiu eliminar a vítima de forma a não ser denunciado pelos actos praticados por ele.
“Por volta das 18:00 daquele dia, o predador sexual, após ter cometido o homicídio, colocou fita adesiva na boca e nos pés da vítima enterrando-a posteriormente no quintal do referido colégio”, afirmou.
Fernando de Carvalho salientou que a participação do desaparecimento da vítima foi feita por um dos seus familiares.
“Após um trabalho policial foi possível apurar-se que a vítima foi enterrada no local já descrito, onde no dia 10 deste mês, por volta das 14:00, foi feita a exumação das ossadas, cujos trajes foram reconhecidos por membros da sua família”, disse, acrescentando que o homem está a ser indiciado pela prática dos crimes de ocultação de cadáver, violação, agressão física e homicídio doloso.
Em posse do homicida foi encontrado e apreendido um telemóvel de marca Samsung Galaxy S5, pertença da vítima, uma pá e uma enxada usados para efectivação do acto.