Ao discursar na abertura da reunião do Comité Central do MPLA, João Lourenço disse que há que “assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado, negociações directas entre a Rússia e a NATO”.
LUANDA — O Presidente angolano pediu um cessar-fogo incondicional e o início de negociações entre as partes directamente envolvidas no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, para o estabelecimento de uma paz duradoura entre os dois países.
Ao discursar na abertura da reunião do Comité Central do MPLA, partido no poder, nesta terça-feira, 18, João Lourenço disse que há que “assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado, negociações directas entre a Rússia e a NATO, entre a Rússia e a União Europeia”.
Ele propos que os Estados Unidos e a China, pela influência que têm sobre cada um dos países em conflito, concertem “acções diplomáticas direcionadas para a resolução deste conflito”.
“Precisamos de salvar a Europa para salvar o mundo”, sublinhou o Chefe de Estado, lembrando que “a Europa já não pode ser o epicentro de uma nova guerra mundial”.
Na sua intervenção ante os dirigentes do partido, o Presidente angolano sublinhou que a política externa de Angola tem sido coerente.
“Angola é pela paz, defendemos o respeito do Direito Internacional, dos princípios plasmados na Carta das Nações Unidas, somos contra todas as guerras e, consequentemente, condenamos a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ocupação e anexação de parte do território ucraniano”, disse Lourenço, quem concluiu que “o conflito atingiu proporções de tal ordem que já não basta garantir a paz para a Ucrânia e a normalização das relações entre os dois países”.