27 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Portugal: Ministro da Economia diz que o mundo vive uma “caça ao gás”

PARTILHAR
FONTE:RTP

António Costa e Silva considera que a produção dos países da baía atlântica pode substituir eventuais falhas de gás da Nigéria. O ministro alinha pelo discurso do Governo de serenidade perante a possibilidade daquele país, um dos principais fornecedores de gás a Portugal, poder vir a diminuir o fornecimento, dizendo que não há razões para preocupação acrescida por parte das empresas.

António Costa e Silva argumentou no programa “Tudo é economia”, da RTP3, que o Governo tomou medidas muito significativas para proteger as empresas que são grandes consumidoras de gás e eletricidade.

Admite, no entanto, que o mundo vive uma “caça ao gás” em que há quem admita pagar as penalidades dos contratos de longa duração de alguns países, só para garantir para si esse fornecimento de energia.

O ministro considera que Portugal tem um posicionamento estratégico que o deixa bem colocado para encontrar alternativas.

No entanto, se houver interrupção de fornecimento da Nigéria, o gás poderá ficar mais caro para as empresas, já que se terá de recorrer a mercados diários em que o preço está mais elevado.
Gasoduto ibérico: “Portugal ganha o futuro”

António Costa Silva defendeu as virtudes de se conseguir um gasoduto ibérico que ligue a Península Ibérica à Europa e permita que a energia entre em Portugal para abastecer a Europa. Diz mesmo que, com esta obra, Portugal “ganha o futuro”, exemplificando com a exportação para a Europa da energia limpa do futuro.

O ministro defendeu o Orçamento do Estado para o próximo ano, considerando-o muito equilibrado e um “compromisso nacional”.

Garante que nunca pensou sair do Governo quando questionado do facto de vários elementos do Governo, entre eles o primeiro-ministro, terem contrariado em público a sua ideia de uma redução transversal do IRC. “Não sou homem de me demitir. Vou sempre à luta”, garante, assegurando que o “problema está ultrapassado”.
Ministro admite necessidade de mais medidas

O ministro da Economia admitiu que o próximo ano poderá trazer a necessidade de novas medidas de apoio para tentar ultrapassar os problemas da economia, dada a incerteza mundial.

Quanto a uma eventual recessão no país, o ministro lembra que a Alemanha já entrou em recessão e como principal motor económico da Europa possa vir a contaminar outros países. No entanto, considera que o país poderá demonstrar uma maior resiliência.

Ressalva, no entanto, que a possibilidade de a Rússia cortar na totalidade o fornecimento de energia à Alemanha pode tornar o panorama internacional da energia mais complexo.
Despedimento na Adidas não comunicado ao Governo
Questionado sobre o despedimento de cerca de três centenas de trabalhadores da Adidas na Maia, o ministro da Economia argumenta que não houve comunicação da empresa sobre a intenção de dispensar funcionários.

Garante que a situação está a ser acompanhada e diz que das averiguações que fez até agora, a empresa não tem vindo a beneficiar de quaisquer apoios públicos.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Biden e Xi chegam a Lima para reunião bilateral e cimeira da Apec

Os presidentes de Estados Unidos, Joe Biden, e China, Xi Jinping, chegaram a Lima nesta quinta-feira (14) para o...

Parlamentares divergem posições sobre OGE 2025

Deputados à Assembleia Nacional divergiram, esta quinta-feira, quanto à posição sobre a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE)...

Comboio expresso inicia circulação Bungo/Novo aeroporto

O Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) iniciou, esta quinta-feira, a circulação do comboio expresso de passageiros da Estação do Bungo,...

OGE 2025 persegue materialização do Plano de Desenvolvimento Nacional

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025 persegue a protecção da pessoa humana, a sua capacitação, redução da...