Bissau – O Porto de Bissau precisa de uma dragagem urgente para que os navios de grande porte continuem a chegar à capital da Guiné-Bissau, alertou o director-geral da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), Félix Nandungue.
O porto está cheio de lama e sucatas que o podem impedir de receber embarcações no prazo de quatro anos, referiu quinta-feira o responsável por aquela empresa pública numa entrevista à Agência de Notícias da Guiné (ANG).
Segundo descreve, a situação já provoca dificuldades de atracagem aos navios que hoje se deslocam ao país.
De acordo com Félix Nandungue, a APGB aguarda o desbloqueamento de um “fundo para área portuária” no valor de cerca de 10,6 milhões de euros por parte do Banco Oeste Africano (BOAD).
Para além da dragagem, aquele responsável encara como prioridades para o actual período de transição no país a compra de “tractores portuários” e a aplicação de assistência social aos trabalhadores dos portos da Guiné-Bissau.
Félix Nandungue assumiu o cargo de director-geral da APGB há dois meses, substituindo no cargo Augusto Cabi.
A Guiné-Bissau está a ser dirigida por um presidente e um governo de transição na sequência do golpe militar de 12 de Abril de 2012.
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) determinou que o período de transição devia terminar antes do final deste ano com a organização de eleições gerais.
No entanto, segundo o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, os atrasos no processo eleitoral deverão adiar o escrutínio para o primeiro trimestre de 2014. (portalangop.co.ao9