por CARLOS COSTA
O Portal de Angola, criado em 2011, por um homem de cultura angolano, vai deixar de estar presente no quotidiano angolano, até que consiga reunir meios financeiros para se manter na web.
Desde 2011, o seu mentor Jorge Monteiro tem travado uma batalha sem quartel para garantir a presença on line do PA, com a performance que conhecemos: notícias ao minuto sobre Angola e o mundo. Razões de conjuntura económica, dir-se-á, ditaram a suspensão, até que o poder político, clarifique a situação das plataformas digitais, que, ao contrário do que se propala no país, os jornais online representam uma alternativa e conferem diversidade e liberdade de opinião, num país, onde só o Governo se exprimia a uma só voz.
As novas tecnologias forçaram a abertura e hoje no país começaram a nascer iniciativas de comunicação, como negócio viável e disponível para levar a mensagem institucional e os planos de investimento governamentais, até aos destinatários, a uma velocidade impressionante.
Não é fácil em Angola viver sob o comando da comunicação social institucional, que explora e domina o espectro informacional do país. Com ajuda de alguns meios privados por si controlados, e dirigidos à distância com nomes e títulos que garantem uma pretensa dimensão plural e universalista.
O Portal de Angola surge no meio deste cenário político vigente a marcar uma certa diferença. Não atropelando as regras do jogo político nacional começou por valorizar o jornalismo angolano, através de uma técnica de replicação digital, permitindo que, através da web, uma parte sensível da opinião pública conheça a marca Angola, através deste processo dinâmico, objectivo e replicador de notícias, entrevistas, comentários, crónicas esteja ao alcance dos internautas, que nas redes sociais e plataformas digitais, tomam conhecimento da realidade angolana, até então presa aos dictames ideológicos do país.
Ao Portal de Angola devemos reconhecer a capacidade de tornar a comunicação social, mais interactiva, mais incisiva, junto do público-alvo, oferecendo um cardápio variado de temas de interesse geral, político, económico, cultural e social. O seu número de visualizações atinge diariamente um número considerável de visitas, graças às técnicas de Marketing digital aplicadas.
Tudo isto pela iniciativa do seu progenitor, Jorge Monteiro, um compositor, intérprete e empreendedor angolano, que nas correntes frias da Europa, decidiu materializar um projecto, que todos reconhecem como útil, galvanizador e em termos económicos, mais barato do que a impressão offset, que tarde ou cedo deixará de ser um problema económico, com o seu eminente desaparecimento.
UM PROJECTO INOVADOR
Quando em Portugal no ano de 2009 lançou a ideia, muitos não prestaram muita atenção ao seu desígnio, preferindo olhar o projecto, a partir da análise da sua condição de compositor, cantor e gemólogo. Ao provar que os homens não se medem aos palmos, Jorge Monteiro decide contrariar a lógica do cepticismo, pondo em prática em Luanda, o projecto que é hoje considerado, um dos melhores jornais online, com notícias de fontes diversas, com grande implantação no país e no mundo.
Congregando à sua volta um número apreciável de colaboradores, o PA tinha a intenção de produzir conteúdos especializados, com a colaboração técnica de pessoal credenciado nos vários assuntos da vida económica, social e política de Angola.
Que o Governo angolano nas suas estratégias políticas reconheça a necessidade de conferir à comunicação social, um novo estatuto que permita aos profissionais exercerem a actividade editorial com base nas regras do mercado e não inspirado nos pressupostos ideológicos, que retiram no seu todo, a essência da sua natureza económica, onde a classe possa exercer livremente uma actividade profissional e científica reconhecida universalmente. Só assim se pode entender o jornalismo como profissão liberal e independente do poder político.
Que as empresas angolanas dêem oportunidade, através da publicidade à comunicação social nacional, para poder sobreviver e dar emprego aos técnicos e profissionais formados nos vários institutos e escolas técnicas existentes no país.
É lamentável verificar que o grosso da publicidade, que sustenta a mídia seja destinado aos órgãos de comunicação do chamado mundo civilizado, em números astronómicos, na maior parte das vezes sem os resultados esperados.
Do ponto de vista estratégico, este procedimento não valoriza os profissionais angolanos, subalternizados por um complexo de inferioridade, que infelizmente, ainda alimenta a consciência de certos gestores e dirigentes nacionais.
Os angolanos já provaram ao mundo ser capazes de “criar com os olhos secos”, como dizia Agostinho Neto, poeta da nossa consciência nacional.
Sobre o Portal de Angola
Trata-se um órgão de informação digital que comporta na sua base um conjunto de informações diversas sobre Angola e o mundo.
Tem sede em Luanda e funciona actualmente com um leque de colaboradores que garantem de forma versátil, a apresentação de conteúdos diversos sobre Angola e o mundo.
Na sua estrutura orgânica encontramos um Guia de Empresas nacionais e estrangeiras, que compõem o nosso tecido económico. Outras iniciativas continuam em carteira, até que um dia o promotor consiga ganhar o reconhecimento total das forças governamentais, no investimento sem reservas à comunicação social, que noutros mundos se assume como um parceiro social de primeira instância.