Segundo o coordenador do Projecto Kitabanga, Miguel Morais, na apresentação da “Panorâmica sobre as Ameaças das Tartarugas em Angola ao Longo do Tempo”, depois da década de 1980, verificou-se no início dos anos 2000 uma perda acentuada de ninhos por quilómetros de praia, ou seja, mais de 50% devido aos problemas identificados.
Miguel Morais, que falava no âmbito do Dia Mundial das Tartarugas, assinalado no domingo, disse que apesar de se ter conseguido proteger em alguns pontos as zonas de desova das tartarugas, ainda existe algum problema na parte do mar.
Miguel Morais informou que durante a época de desova, uma grande pressão de arte de pesca, a pesca artesanal sobretudo, tem sido um dos grandes problemas, verificando-se este cenário ao longo de toda a costa de Angola.
“Para terem uma ideia do impacto deste cenário, um trabalho realizado pela Joelma Santos, em 2018, na região de Palmeirinhas e do Longa, apenas acompanhando 10 embarcações ao longo da temporada, verificámos que o efeito dessas embarcações, cinco nas Palmeirinhas e cinco no Longa, provocaram uma captura de mais de 400 tartarugas”,referiu.