A desunião europeia pode custar à Ucrânia os cinquenta mil milhões de euros prometidos por Bruxelas para evitar o colapso da economia ucraniana. A falta de acordo entre os 27, com a Hungria de Viktor Orbán a liderar os contestatários, compromete a aprovação das ajudas a Kiev na próxima cimeira europeia e Moscovo aproveita para marcar posição.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, sublinhou as dificuldades europeias para colocar dinheiro no poço sem fundo ucraniano, acrescentando que a Rússia conseguiu adaptar a economia às condições impostas pela operação militar em curso. A economia da Ucrânia está seriamente ameaçada.
Além da incerteza europeia, também a ajuda norte-americana está em risco. A Casa Branca já avisou o Congresso, controlado pela oposição, que caso não agisse rapidamente, o apoio financeiro e militar terminaria no fim do ano. Os Republicanos responderam para acusar a administração Biden de não ter uma estratégia clara para a Ucrânia nem para encontrar uma solução para o conflito.