Anaílson Costa da Silva foi preso, nesta quinta-feira (29), após ser abordado por policiais militares em São Bernardo do Campo (ABC). Ele era foragido da Justiça e está condenado a 33 anos e três meses, após ser julgado à revelia, pela morte de um dentista, em agosto de 2016, no bairro Jaraguá (zona norte da capital paulista). Cabe recurso na condenação.
Policiais militares faziam ronda pela rua Aracati, por volta das 15h, quando afirmam que um homem correu, para dentro de uma chácara na mesma rua, ao avistar o carro policial.
Os agentes chamaram por alguém no imóvel até serem atendidos por Silva. Segundo um dos PMs que estava na ação, o foragido, em um primeiro momento, mentiu a identidade, condição descoberta após pesquisa no banco de dados da corporação. Ele foi encaminhado em seguida ao 8º DP da cidade do ABC.
Silva é um dos pichadores condenados pela morte do dentista Wellington Silva, 39 anos, em agosto de 2016, na zona norte de São Paulo. O pai dele chegou a ser internado em estado grave, e teve o braço direito amputado por causa de uma infecção na mão.
Caso Câmeras de monitoramento registraram, à época, que os pichadores chegam, por volta das 2h, ao muro da casa do pai do dentista, um idoso na ocasião com 76 anos. Os suspeitos picham o local e saem.
O aposentado sai com um objeto na mão, ainda de acordo com as imagens, e começa a procurar os pichadores. Ele é seguido pelo filho.
Enquanto isso, segundo a polícia informou na ocasião, os pichadores se reagruparam quando perceberam que pai e filho os procuravam. Foi aí que começaram as agressões. Espancado, o dentista foi levado ao pronto-socorro de Pirituba, mas não resistiu.
Julgamentos Em junho de 2018, Anaílson Costa da Silva foi condenado a revelia a 33 anos e três meses pela morte do dentista. Marivone Pereira da Silva também foi condenado, a 32 anos, pelo mesmo crime, em regime fechado.
Cerca de nove meses depois, em 22 de março de 2019, Adolfo Gabriel de Souza foi condenado a 26 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, pela morte do dentista. Na ocasião, Anaílson teve pena aumentada para 43 anos, um mês e 20 dias pelo crime, mais uma vez a revelia.