A TAP pretende reforçar a sua frota para Luanda (Angola) e Maputo (Moçambique) com os aviões do tipo A330Neo, alvo de queixas devido a episódios de enjoos e maus cheiros, noticiou o jornal Público, citando um comunicado da companhia aérea portuguesa.
A transportadora aérea portuguesa recebeu os primeiros aviões A330-900 Neo em Fevereiro deste ano e desde essa altura nenhum deles escalou as capitais angolana e moçambicana. Têm sido utilizados unicamente noutros destinos, na Europa e América.
A TAP, companhia que estreou o modelo em todo o Mundo, admite “casos pontuais de tripulantes com ligeiras indisposições”, eventualmente devido a “odores provenientes do equipamento de ar condicionado”, mas este “é um facto considerado normal em aeronaves novas e que desaparece após as primeiras utilizações”. Contudo, admitiu que foram usadas máscaras de emergência pelos pilotos durante a aterragem de um dos novos aviões A330Neo, devido à suspeita de odores.
Enjoos dos membros da tripulação e um cheiro forte a óleo durante a descolagem originaram muitas queixas dos passageiros.
A Airbus admitiu as falhas numa carta enviada à TAP, em que diz ter tomado conta dos relatos de “dois efeitos diferentes: cheiros pouco comuns e sintomas de desconforto, não havendo uma correlação entre os dois factos”.
A representação da TAP em Luanda remeteu para os próximos dias um pronunciamento sobre a notícia veiculada pelo jornal Público.
Em declarações ao Jornal de Angola, ontem, a assistente do delegado da TAP em Luanda, Ana Andrade, disse estarem a preparar-se para, nos próximos dias, convocar uma conferência de imprensa para um pronunciamento sobre o assunto. “De momento não podemos adiantar mais nada”, frisou.