A notícia que o Novo Jornal divulgou na sua última edição, que dá conta da existência de um “Plano do MPLA” para a permanência no poder, vigiando Adalberto e descartando Chivukuvuku, está a gerar polémica nas hostes dos “camaradas”. UNITA considera perigo para a estabilidade política e social «Plano Secreto do MPLA» de vigiar Adalberto, enquanto ‘camaradas’ contactados pelo NJ se remeteram ao silêncio.
Segundo uma fonte do partido no poder, desde o momento em que a notícia foi tornada pública, na sexta-feira, 02, o assunto tem gerado alguma moça, tonando-se, deste modo, o centro dos debates nos corredores da sede do “Kremlin”, antecedidos de uma onda de telefonemas entre os altos dirigentes.
A fonte revelou que o assunto provocou a realização, na manhã desta segunda-feira, 05, de uma reunião de um grupo restrito, na qual participaram altos responsáveis do MPLA, com destaque para o secretário-geral, Paulo Pombolo.
Dentre vários assuntos que estiveram a ser apreciados, acrescentou a fonte, a questão do vazamento do documento sobre o plano de “asfixiar” a oposição também mereceu atenção e abordagem dos membros presentes.
“É preciso que haja disciplina e cuidado com os documentos confidenciais da estratégia do partido. Precisamos de identificar os camaradas que vazaram a informação”, detalhou a fonte, referindo-se às declarações de um alto responsável que tomou a palavra durante o encontro.
Há quase uma semana, o NJ tem tentado contactar o secretário para a informação do MPLA, Albino Carlos, mas o mesmo não atende aos telefonemas. Também procurou manter contacto com Paulo Pombolo, porém sem sucesso.
Em contrapartida, a reacção do maior partido na oposição não se fez esperar. O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA analisou o assunto e considerou o referido “Plano do MPLA” um perigo à estabilidade política e social.