Dois deputados federais do Partido Liberal (PL) entraram com uma ação na Justiça Eleitoral para cassar o mandato do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) no Senado. É o que informou Moro nesta quarta-feira (7).
O pedido dos parlamentares Fernando Giacobo e Paulo Martins, acontece poucos meses depois de Moro ter apoiado publicamente a candidatura de Jair Bolsonaro e até mesmo acompanhado o então candidato à reeleição nos debates televisivos do segundo turno. Giacobo é o presidente da sigla no estado, e Paulo Martins disputou cadeira do Paraná no Senado, mas perdeu para Moro.
O diretório do PL no Paraná, pede para que supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas por parte da campanha de Sergio Moro sejam investigadas pela Justiça Eleitoral. Se acatado o pedido, Paulo Martins, que foi o segundo mais bem votado, pode ocupar a vaga que hoje é de Moro na Casa Alta do Congresso Nacional.
Nas redes sociais Moro se manifestou e disse não temer nada.
“Da minha parte, nada temo, pois sei da lisura das minhas eleições. Agora impressiona que há pessoas que podem ser tão baixas. O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão”, disse o ex-juiz.
O ex-ministro da justiça, foi eleito senador com 1,9 milhão de votos, o equivalente a 33% dos votos válidos. A cadeira a ser assumida por ele é a ocupada pelo antigo padrinho político e atual senador Alvaro Dias (Podemos), que disputava a reeleição.
A ação tramita sob sigilo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
O TRE-PR ainda não julgou a prestação das contas de campanha do ex-juiz da Lava Jato.
No entanto, a área técnica da Corte emitiu diversos pareceres apontando inconsistências nas informações prestadas e recomendou a reprovação.
Diante da situação, a defesa de Moro afirma que “as inconsistências são meramente burocráticas e não comprometem a regularidade e segurança das contas de campanha”.
Foi aberto, na terça-feira (6), o prazo para a relatora Cláudia Cristina Cristofani emitir parecer.
De acordo com o tribunal, o prazo para a relatora emitir o parecer vai até 16 de dezembro. Na sequência, a Corte decide se acompanha ou não o voto dela.
Os candidatos eleitos no Paraná, devem ser diplomados no dia 19 de dezembro. De acordo com o TRE-PR, a prestação de contas deve ser julgada até três dias antes.
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