Braço-direito de Rui Rio é suspeito dos crimes de corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder.
De acordo com o NM, Álvaro Amaro foi presidente da Câmara Municipal da Guarda durante seis anos. Em Abril deixou o cargo para integrar as listas do PSD às Eleições Europeias, tendo sido eleito para o Parlamento Europeu.
Mas Álvaro Amaro é também um dos cinco arguidos da operação Rota Final. O ex-autarca é suspeito da prática dos crimes de corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder e, segundo notícia avançada pela TVI, poderia ter sido detido, se o procurador do Ministério Público o tivesse permitido.
Na rubrica ‘Mais Justiça’ do ‘Jornal da Uma’, da TVI, foi revelado que a Polícia Judiciária queria deter o braço-direito de Rui Rio, mas que o procurador João Marques Vidal não permitiu.
Segundo a mesma fonte, na base do pedido da PJ estavam diversas escutas telefónicas que comprometiam a conduta do então presidente da câmara de Guarda que terá recebido subornos por parte da empresa de transportes Transdev.
Além de Álvaro Amaro foram também constituídos arguidos o atual presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, o vereador da Cultura, Victor Amaral, e duas técnicas superiores. Em causa, explicou a Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra (PGDC) uma “investigação que visa esclarecer os termos em que o Grupo Transdev obteve contratos e compensações financeiras com autarquias das zonas Norte e Centro do país”.
“Em causa estão indícios de tráfico de influência, participação económica e corrupção, entre outros crimes. O inquérito encontra-se em segredo de justiça e as investigações prosseguem na Polícia Judiciária”, acrescentou a nota da PGDC.
Ainda no âmbito desta operação, recorde-se, foram alvo de buscas 18 autarquias – Águeda, Almeida, Armamar, Belmonte, Barcelos, Braga, Cinfães, Fundão, Guarda, Lamego, Moimenta da Beira, Oleiros, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Sertã, Soure, Pinhel e Tarouca.
Em causa estão esquemas fraudulentos da viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas.