Observador|Lusa
A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou uma das maiores redes de contrafação de moeda da Europa, anunciou esta segunda-feira aquela força policial. Na operação, intitulada “Deep Money”, foram realizadas oito buscas, onde a PJ deteve cinco pessoas e apreendeu 1833 notas falsas, num total de quase 70 mil euros. O presumível líder da rede é um português que residia na Colômbia desde 2018. Foi entretanto expulso do país sul-americano pelas autoridades locais e detido pela PJ em Portugal.
Em comunicado oficial, a PJ explica que este dinheiro contrafeito estava a ser produzido em Portugal. Era depois publicitado e comercializado em mercados online na darknet (rede online fora dos habituais motores de busca e apenas acessível para certos grupos de pessoas). As encomendas eram recebidas via mensagens privadas ou chats encriptados. Após o pagamento, as notas eram depois enviadas por via postal a partir de Portugal.
Durante a operação, realizada em colaboração com a Europol e várias unidades da PJ, foi ainda apreendido material utilizado para a produção e impressão de notas, como computadores, impressoras, papel, hologramas, tintas e tinteiros.
A elevada qualidade do dinheiro produzido por esta rede criminosa “era reconhecida por todos os compradores” e em toda a Europa as autoridades apreenderam notas cujo valor ultrapassava os 1,3 milhões de euros.
Os cinco arguidos — três homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 26 e os 63 anos — foram detidos “pelos crimes de contrafação de moeda e associação criminosa”. Já foram ouvidos em tribunal e “ficaram sujeitos à medida de prisão preventiva”, revela o comunicado.