Equipa de inspectores da Procuradoria-Geral da República persegue, na capital portuguesa, denúncias de práticas danosas no Consulado de Angola em Lisboa.
Uma missão inspectiva da Procuradoria-Geral da República (PGR) está, desde a semana passada, em Portugal, para um trabalho de investigação, no perseguimento de denúncias de suposta gestão danosa, sobrefacturação, nepotismo e desvio de fundos no Consulado de Angola em Lisboa, apurou o Novo Jornal.
Segundo as nossas fontes, entre os documentos alvos de revista pela equipa inspectiva, estão, sobretudo, contratos de arrendamentos de casas para hospedagem do cônsul e de outros funcionários do Consulado.
“A PGR está cá desde quinta-feira, 29, e, a partir desta segunda-feira, 02, começou um trabalho minucioso de levantamentos de todos os contratos do Consulado. Entre as grandes suspeitas, estão contratos ligados a arrendamentos de casas para os funcionários e para o próprio cônsul”, referem as fontes.
Detalham que terão chegado aos ouvidos das autoridades judiciais do País contratos de arrendamentos rubricados pelo Consulado que rondam os cinco mil euros/mês, “muito acima” dos preços médios praticados no mercado imobiliário da capital portuguesa.
“Há desconfianças de existência de contratos de arrendamentos que chegaram aos cinco mil euros, quando os preços médios de casas em Lisboa não ultrapassam os três mil euros, mesmo se tratando de casas situadas no Parque das Nações”, reportam as fontes.