Cinquenta obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) na província de Malanje, paralisadas há mais de dois anos, estão sob investigação da Procuradoria-geral da República (PGR), com vista a aferir possíveis crimes e consequente responsabilização dos implicados.
A informação foi avançada hoje, terça-feira, pelo governador provincial de Malanje, Marcos Nhunga, na abertura da I Sessão Ordinária do governo local, referindo que o órgão já criou uma comissão que está a passar pelos municípios para avaliar os níveis de execução física e financeira das empreitadas.
O governante lamentou o facto de a província estar entre as piores do país na execução PIIM, lembrando que das 133 obras inscritas, 50 ainda estão por concluir, maior parte das quais ligadas à terraplenagem.
Esclareceu que os atrasos das referidas obras não estão relacionadas com a falta de pagamentos, pois os níveis de execução financeira estão acima da física.
Face à situação, Marcos Nhunga reiterou a necessidade de os gestores públicos continuarem a pautar pela transparência e absterem-se de actos de corrupção.
Exortou o engajamento dos administradores e directores provinciais na melhoria das condições de vida dos cidadãos, com incidência para as acessibilidades nos bairros, bem como no reforço do abastecimento de água e energia eléctrica.
A decorrer até ao fim do dia, I Sessão Ordinária do Governo Provincial de Malanje está apreciar, entre outras questões, o reajustamento e o relatório de execução do PlIM e do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e de Combate à Pobreza (PIDLCP).
Consta da agenda da reunião, a análise dos resultados do I Fórum de Parceiros e Investidores da Província, a ser realizado este ano, a preparação da vigilância epidemiológica contra a cólera, estado das ravinas do município de Massango, deslizamento de terra no Morro de Cabatuquila, erosão da barragem da cadeia da Damba, e o desabamento da ponte sobre o rio Ngola, nos municípios do Quela, Mucari e Malanje. ACC/NC