Não há duas sem três. A Pfizer anunciou esta quarta-feira que a terceira dose da sua vacina contra a covid-19 é capaz de neutralizar a variante Ómicron e que apesar das duas doses não serem suficientes para travar a nova estirpe, garantem proteção contra os casos mais graves.
Ainda assim, a farmacêutica está a desenvolver, juntamente com a BioNTech, uma vacina específica para a Ómicron que deverá estar disponível no mês de março.
A prioridade continua a passar por vacinar o máximo de pessoas possível, mas para Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, não se deve confundir vacinas obrigatórias com vacinas forçadas:
“Em nenhuma circunstância se deve vacinar alguém à força, mas uma pessoa que se recuse a respeitar as políticas de vacinação obrigatória pode enfrentar consequências legais. Por exemplo, o pagamento de multas. Quando for este o caso, as penas devem ser proporcionais e revistas pelo sistema judicial”, Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos.
A variante Ómicron do SARS-Cov-2 já foi detetada em 57 países, de acordo com um relatório publicado esta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde. Apesar de reconhecer um provável aumento no número de internamentos, a OMS sublinha que a maioria dos casos analisados se tratava de doentes assintomáticos ou com sintomas ligeiros.