O petróleo caiu a pique quando a notícia de que Israel poderá evitar atacar a infraestrutura petrolífera do Irão aliviou as preocupações sobre uma potencial perturbação no fornecimento, trazendo o foco dos comerciantes de volta às expectativas de um excesso considerável no início do próximo ano.
O West Texas Intermediate caiu mais de 4%, ficando abaixo dos 71 dólares por barril, enquanto o Brent, a referência internacional, caiu abaixo de 75 dólares por barril.
Os preços reduziram algumas perdas depois de os ministérios da habitação e das finanças da China terem anunciado planos para realizar uma reunião informativa conjunta com o banco central do país na quinta-feira.
O Washington Post noticiou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse à administração Biden que está disposto a atacar alvos militares em vez de instalações petrolíferas ou nucleares no Irão. Mais tarde, Israel disse que estava a ponderar os avisos dos EUA contra os ataques às instalações energéticas do Irão, mas que iria agir com base nas suas próprias avaliações.
Embora o conflito represente um perigo para a infraestrutura energética da região, o mercado petrolífero enfrentará um excesso no início de 2025, afirmou na terça-feira a Agência Internacional de Energia. A agência fez pequenos cortes nas suas previsões de crescimento da procura e disse que a capacidade ociosa dos países da OPEP+ está perto de níveis recorde.
Os preços do petróleo têm estado numa montanha-russa nas últimas semanas, à medida que os comerciantes acompanham a escalada do conflito no Médio Oriente – origem de cerca de um terço da oferta global de petróleo – depois de Israel ter prometido retaliação significativa a uma barragem de mísseis do Irão, a 1 de Outubro. A crise ofuscou as preocupações sobre a desaceleração do crescimento nos principais mercados, incluindo a China.
O Brent caiu 3.4% na terça-feira. O novo briefing de quinta-feira do ministério das finanças chinês poderá fornecer mais detalhes sobre as medidas para apoiar o sector imobiliário em queda da China e impulsionar o crescimento económico.
Para aumentar a pressão negativa sobre os preços, a OPEP admitiu agora que a procura de petróleo poderá enfraquecer, reduzindo as suas previsões para este ano e para o próximo pelo terceiro mês consecutivo.