O ex-primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, é candidato único à liderança da ADI, na oposição.
Ele vai a votos neste sábado, 9, no nono congresso do partido, no qual participam 900 delegados.
“Ele é um grande líder que já deu provas na governação do país e os militantes todos depositam nele a sua confiança”, afirmou Alda Ramos, porta-voz da comissão organizadora, confirmando que o candidato ausente do país há mais de três anos não estará no congresso por razões políticas, mas que irá ao país para concorrer às legislativas de 25 de Setembro.
O anterior congresso da ADI, que em 2020 elegeu Patrice trovoada para liderança do partido, não foi reconhecido pelo Tribunal Constitucional que evocou irregularidades na eleição.
“Esperamos que desta vez não haja mais motivos para o bloqueio”, disse Alda Ramos.
O analista político Liberato Moniz considera sem surpresa a candidatura única de Patrice Trovoada para a liderança da ADI.
“É um congresso apenas para cumprir as formalidades na sequência da decisão do Tribunal Constitucional no que toca ao congresso anterior. Será um congresso para legitimar Patrice Trovoada e a actual direcção do partido”, considera Moniz que vê a ausência do candidato no congresso como uma mancha para a democracia em São Tomé e Príncipe.
“Quer se queira quer não, isto traduz a existência de perseguição política em São Tomé e Príncipe”, conclui Liberato Moniz.
Patrice Trovoada deixou o país após a derrota de 2018.