Passos Coelho reforçou a ideia transmitida pelo seu vice, Paulo Portas, de que o Governo mantém a possibilidade de pedir à troika uma meta do défice para 2014 “menos ambiciosa”.
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, garantiu que Portugal poderá vir a discutir a flexibilização da meta do défice para o próximo ano na próxima avaliação da troika.
“Eu já tinha dito que o Governo não está distraído com esta matéria e, se vir que é indispensável fixar para 2014 uma meta menos ambiciosa, não deixará de discutir essa matéria com a troika, os nossos credores”, disse Passos Coelho aos jornalistas em declarações proferidas à margem da inauguração de equipamentos escolares em Oliveira do Bairro e transmitidas pelos canais de televisão.
O líder do Executivo respondia a questões dos jornalistas relativas às palavras do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que sublinhou esta quarta-feira, na comissão parlamentar eventual para acompanhamento das medidas do programas de assistência a Portugal, a divergência de posições entre o Governo e a troika no que diz respeito à meta do défice para 2014.
Portugal tem, de acordo com a sétima avaliação, de atingir um défice máximo de 4% do produto interno bruto no próximo ano. O Executivo pediu, na mesma avaliação, que a meta fosse alargada para 4,5%, o que não foi então conseguido “porque a troika entendeu que a meta devia ser mais exigente”, explicou o primeiro-ministro.
De qualquer modo, Passos Coelho garante que, caso seja necessário repetir o pedido, não o deixará de fazer. Contudo, remeteu quaisquer novidades para o exercício da oitava avaliação do programa de ajustamento, que começa na próxima semana, ainda a um nível mais técnico e não de discussão de propostas. (jornaldenegocios.pt)