A União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler alemã, Angela Merkel, elege o seu novo presidente, potencial candidato a chanceler nas eleições de 2021, num congresso a realizar de forma virtual entre 15 e 16 de Janeiro.
A presidência da CDU optou por essa fórmula, pela primeira vez na história do partido e após dois cancelamentos de congressos federais sucessivos – tanto em Abril como neste mês – por conta das restrições impostas pelo novo coronavírus.
Os congressos da CDU contam com a presença regular de um total de 1.001 delegados, além de convidados internacionais e dos meios de comunicação. É inviável realizá-lo pessoalmente em Janeiro, já que até agora a pandemia ainda não foi contida no país.
Merkel e os líderes regionais concordaram, no domingo, em endurecer as restrições para combater o novo coronavírus, que estão em vigor desde 2 de Novembro.
Até ao dia 10 de Janeiro, a vida pública estará praticamente paralisada e apenas o comércio essencial permanecerá aberto.
Em relação à presidência da CDU, três candidatos disputam a sucessão de Annegret Kramp-Karrenbauer, outrora considerada a favorita de Angela Merkel, mas que anunciou em Fevereiro a intenção de se demitir da liderança invocando falta de apoio do partido.
Foi então marcado um congresso para 25 de Abril, depois adiado para 4 de Dezembro, tendo esta data sido igualmente postergada devido à pandemia de Covid-19. Os delegados do partido conservador deverão escolher entre Armin Laschet, governador da região mais populosa da Alemanha, a Renânia do Norte-Vestefália, o liberal Friedrich Merz, um rival histórico de Merkel, e Norbert Röttegen, perito em política externa.
Segundo a imprensa alemã, Merz está nesta altura melhor posicionado para vencer do que Laschet, teoricamente o mais fiel à linha de Merkel, mas que tem sido criticado pela gestão da pandemia na Renânia, considerada errática e afastada da postura de prudência defendida pela chanceler.