Cento e 48 parteiras tradicionais, das 437 existentes, estão a prestar serviço voluntário, desde 2018, nas unidades sanitárias do município da Caála, na província do Huambo, por falta de pessoal.
O facto foi dado a conhecer hoje, terça-feira, à ANGOP, pela directora dos assuntos sociais da administração do município, Ermelinda Nazaré Patrício, durante o acto comemorativo ao dia internacional da parteira tradicional, assinalado domingo.
Segundo a responsável, a ideia reduzir, consideravelmente, a mortalidade materna-infantil, uma vez que as parteiras tradicionais, pelo conhecimento que possuem, têm estado a realizar partos seguros.
Lembrou, porém, que as demais parteiras tradicionais que não estão envolvidas em trabalhos voluntários nas unidades sanitárias continuam a realizar, com responsabilidade, os seus trabalhos em zonas onde não existe unidade sanitária.
A directora dos assuntos sociais do município da Caála, cuja cidade está a 23 quilómetros a oeste da capital da província do Huambo, informou que, periodicamente, as parteiras tradicionais têm participado em acções de actualização de seus conhecimentos, para reduzir o risco de mortalidade das parturientes e os bebés durante o parto.
De Janeiro a Março desde ano, nasceram no município da Caála 635 bebés, dos quais 39 são nados mortos, sendo que em idêntico período anterior haviam nascido 591, com 22 nados mortos.