O número de mortos do ataque suicida, numa mesquita xiita, no noroeste do Paquistão, subiu para 62 durante a noite, e a polícia diz que procura identificar o homem-bomba.
A polícia também divulgou imagens de câmeras de segurança do ataque de sexta-feira (4), mostrando um homem vestido com uma túnica tradicional shalwar kameez a disparar contra dois polícias ao entrar na mesquita, na área de Kocha Risaldar, em Peshawar, a cerca de 190 kms da capital, Islamabad.
Ele detonou um colete que destruiu a mesquita lotada, momentos antes do início das orações de sexta-feira.
O grupo Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
“Há sete corpos irreconhecíveis, incluindo dois pés amputados que acreditamos serem do homem-bomba”, disse à AFP o chefe da polícia de Peshawar, Muhammad Ijaz Khan.
“Estamos a tentar determinar a identidade do homem-bomba por meio de testes de DNA.”
Foi o ataque mais mortal desde Julho de 2018, quando uma explosão num comício eleitoral matou 149 pessoas – e também foi reivindicado por um grupo associado ao Estado Islâmico.
Peshawar – a apenas 50 kms da fronteira porosa com o Afeganistão – era alvo frequente de militantes, no início de 2010, mas a segurança melhorou muito nos últimos anos.
O Paquistão, de maioria sunita, recentemente lutou contra o ressurgimento do grupo Tehreek-e-Taliban (TTB).
A explosão ocorreu no primeiro dia jogos de críquete, em Rawalpindi, entre o Paquistão e a Austrália, selecção que não visita o país há quase um quarto de século, por questões de segurança.