Um palestiniano matou três israelitas na Cisjordânia ocupada nesta terça-feira (15), esfaqueando dois homens até a morte e ferindo vários outros, depois matando outro com um carro roubado antes de ser morto a tiros, disseram autoridades.
A mais recente onda de violência ocorreu horas antes de Israel jurar em seu novo Parlamento, com legisladores de extrema-direita prestes a serem membros do gabinete com a promessa de uma repressão à violência palestina.
O exército israelita relatou um “ataque com faca” perto da Zona Industrial de Ariel, no norte da Cisjordânia.
“Um terrorista chegou no portão de entrada da zona e esfaqueou civis na área”, disse um comunicado do Exército.
O serviço médico de emergência israelita Magen David Adom (MDA) afirmou que um homem de 35 anos morreu devido a uma facada, enquanto outro homem morreu no local. Duas pessoas foram gravemente feridas.
O atacante então se dirigiu a “um posto de gasolina próximo e esfaqueou outros civis”, disse o Exército, roubou um carro e fugiu.
“O terrorista fugiu do posto de gasolina dirigindo um veículo roubado (…) cometeu um acidente de carro pretendido e atropelou outro civil”, disse o comunicado.
Segundo o serviço de emergência, um homem de 50 anos morreu no acidente e outro homem esfaqueado na estrada foi levado ao hospital em estado grave.
Os feridos foram levados para um hospital em Petah Tikvah, informou o serviço de emergência israelita.
O Exército disse que um soldado então “neutralizou” o agressor, acrescentando que as tropas lançaram uma busca a um segundo indivíduo suspeito de envolvimento.
O Ministério da Saúde palestiniano identificou o palestino morto a tiros pelas forças israelitas como Mohammed Souf, 18 anos, sem fornecer mais detalhes.
Um jornalista da AFP afirmou que o Exército havia invadido a casa de Souf em Hares, uma cidade próxima a Ariel.
A violência se intensificou nos últimos meses na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967. O exército israelita intensificou as operações após ataques anti-israelitas e os confrontos deixaram mais de 120 palestinianos mortos, o maior número de vítimas em sete anos, segundo a ONU.
AFP