O OTR, que permite controlar e gerir o sistema de transporte público de passageiros e contribuir consideravelmente para a redução da sinistralidade rodoviária, orçado em nove milhões de dólares, dispõe de “equipamentos invioláveis” instalados nos veículos, que permitem saber o número exacto de viagens realizadas, de acordo com a programação prevista.
As informações seguem directamente do sítio em que foram colectadas, através de estrutura de conexão automática, o telefone, para o OTR, em Luanda. A monitorização dos autocarros em circulação é feita por meio do sistema GPS em tempo real, com informações actualizadas de três em três minutos.
O OTR, instalado na Direcção Nacional dos Transportes Rodoviários, também permite maior eficiência do sistema de transporte no país, vigiar eventuais actos vandalismo, contribuir para a preservação do património público e conferir mais segurança aos utilizadores.
Prioridade do Executivo
O ministro dos Transportes afirmou na inauguração do OTR que o Executivo privilegia o sistema de transportes públicos por reconhecer ser a forma de responder adequadamente às necessidades da população em termos de mobilidade.“Apostamos na combinação de todos os subsistemas, rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo-fluvial”, disse e acrescentou: “Queremos uma rede de transportes públicos que ligue eficazmente o país e valorize a sua posição geoestratégica”. Augusto da Silva Tomás salientou que o transporte rodoviário colectivo regular de passageiros é o subsistema que mais directamente serve a população.
Este tipo de transporte, referiu, não se baseia apenas em autocarros, oficinas, motoristas, cobradores e gestores, mas também num recurso
muito importante, a informação. “A par dos veículos e de outros activos físicos, é preciso ter a capacidade de monitorizar e controlar a sua localização e os serviços que prestam”, declarou.
O ministro disse que foi para se dispor de mais dados, informação de melhor qualidade e se ter cada vez mais conhecimento sobre o transporte rodoviário colectivo de passageiros que o Executivo criou o OTR, “um investimento tecnológico”.
Augusto da Silva Tomás sublinhou que com o OTR se espera poder definir melhores políticas, aferir regularmente a sua eficácia e servir melhor as populações.
Sintonia com a Polícia
O director nacional de Viação e Trânsito, Inocêncio de Brito, disse que o OTR contribui para a redução da sinistralidade rodoviária, pois controla a velocidade dos veículos e inibe os automobilistas de se excederem.
O director nacional dos Transportes Rodoviários afirmou que alguns sistemas de transportes urbanos, como o de Luanda, vão passar a ter uma atenção mais pormenorizada por concentrarem uma maior oferta.
O OTR, referiu, permite que o órgão regulador tenha uma ideia sobre o índice de oferta que deve cobrir todas as regiões do país. Freitas Neto revelou que logo esteja concluída a primeira fase, o OTR monitoriza cinco mil autocarros.
Até agora, acrescentou, foram já instalados cerca de 500 aparelhos para a localização de viaturas, que em primeiro lugar são os transportes urbanos de Luanda.
Logo que terminemos esta parte do processo, prometeu, passamos às províncias do interior para cobrirmos os sistemas intermunicipais, urbanos e inter provinciais.