Por cada 100 trabalhadores angolanos, apenas 19 têm um emprego formal, enquanto 81 sobrevivem através de biscates no mercado informal de trabalho. Os jovens continuam a ser a faixa da população mais afectada pela falta de emprego em Angola e só 130.602 têm empregos formais
Angola perdeu 162.269 postos de trabalho formais entre o II e o III trimestre deste ano, de acordo com cálculos do Expansão com base no relatório sobre o inquérito ao emprego em Angola do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo ao III trimestre de 2021.
Neste período, a população economicamente activa cresceu 3,1%, equivalente a 490.132 pessoas, enquanto a população desempregada disparou 11,2% para 5.517.016 de pessoas, ou seja, mais 556.854 desempregados face ao trimestre anterior. Quanto à população empregada, esta caiu 0,6% para 10.648.511, menos 66.723 pessoas que as registadas há três meses. Ou seja, o crescimento da população economicamente activa (com 15 anos ou mais) foi absorvido essencialmente pelo desemprego, que no final do III trimestre foi de 34,1%.
Contas feitas, por cada 100 trabalhadores angolanos, apenas 19 têm um emprego formal, enquanto 81 sobrevivem através de biscates no mercado informal de trabalho, que acaba por ser a única solução que os angolanos têm para garantir o sustento das suas famílias.