Pelo menos 8 mil 645 técnicos de especialidade dos diferentes órgãos e serviços agrários, são necessários para atender as preocupações do sector produtivo no país.
A preocupação vem expressa no comunicado final do Conselho Consultivo do Ministério da Agricultura e Florestas, decorrido hoje, quinta-feira, em Malanje.
De acordo com o documento, outra preocupação prende-se com a falta de subsídios para os técnicos do sector, falta de instituições de protecção de plantas, hidráulica, engenharia rural e mecanização agrícola, entre outras condições necessárias para o adequado funcionamento do pelouro.
Por esse facto, o Conselho recomendou o reforço da prestação de apoios técnico aos agricultores, através das Estações de Desenvolvimento Agrário (EDA) e das Escolas de Campo (ECA), de modo a permitir a melhoria dos factores de produção, aumentar a produtividade e consequentemente o rendimento das famílias camponesas.
A alocação atempada dos recursos financeiros para as campanhas agrícolas e de vacinação animal, consta das recomendações, visando evitar a realização das mesmas fora de época.
O encontro recomendou igualmente a monitorização e dinamização das culturas industriais, em particular o café arábica, cacau, palmar, algodão, cana-de-açúcar e girassol, com vista a se promover uma articulação entre a agricultura e o sector da indústria.
Na ocasião, o ministro da Agricultura e Florestas, António Assis manifestou o compromisso de se trabalhar para o resgate da mística da agricultura e do técnico agrónomo a nível do país, perdidos ao longo dos tempos, o que exigirá trabalho e dedicação dos quadros do sector e dos fazedores da agricultura.
Realçou que a agricultura e os técnicos do sector, são factores importantes do processo de crescimento e desenvolvimento integral do país, tendo apelado aos produtores agrícolas, interessados em financiamentos, no sentido de serem proactivos e cumpridores das cláusulas contratuais, sob pena de perdem a confiança das instituições bancárias.
O Conselho Consultivo visou discutir as políticas do sector agropecuário do país, bem como apresentar o balanço das acções e do ano agrícola 2021/2022 e servir para debater sobre aspectos ligados a assistência técnica e extensão rural, perspectivas de produção de semente e a formalização da actividade agropecuária, entre outros. NC/PBC