Os membros da aliança militar ocidental Organização do Tratado do atlântico Norte (Otan) podem estar prontos para remover alguns obstáculos do caminho da Ucrânia para se juntar ao grupo, disse o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, nesta sexta-feira, algumas semanas antes de uma cúpula da Otan que visa superar as diferenças sobre a adesão de Kiev.
“Há sinais crescentes de que todos serão capazes de concordar com isso”, afirmou Pistorius a repórteres em Bruxelas quando questionado sobre relatos de que os Estados Unidos estão abertos a permitir que Kiev abstenha-se de um processo de candidatura formal exigido de algumas outras nações no passado.
“Eu estaria aberto a isso”, disse Pistorius, falando à margem de uma reunião com seus colegas da Otan na sede da aliança.
O Washington Post informou na quinta-feira que os Estados Unidos estão dando apoio provisório a um plano que removeria barreiras à entrada da Ucrânia na Otan sem estabelecer um cronograma para sua admissão.
Segundo a publicação, uma autoridade graduada dos EUA disse que Washington está “confortável” com uma proposta do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que permitiria a Kiev contornar o chamado Plano de Ação de Adesão (MAP) da aliança.
Desde 1999, a maioria dos países que pretende aderir à Otan tem participado deste programa, que se destina a ajudar os candidatos a cumprir determinados critérios políticos, econômicos e militares.
Ao encurtar o processo, os EUA esperam superar as divisões entre os países membros sobre o caminho de Kiev para ingressar na aliança militar transatlântica, informou o Washington Post.
No entanto, a proposta ainda exigiria que a Ucrânia realizasse reformas e, ao contrário dos desejos dos aliados do Leste Europeu, não daria um prazo para a adesão da Ucrânia, segundo o jornal.
Por Sabine Siebold e Andrew Gray