A oposição maioritária tramita uma candidatura única à presidência na Venezuela, após a renúncia, neste sábado, de Manuel Rosales em favor do diplomata Edmundo González Urrutia.
“Em nosso compromisso com a rota eleitoral para mudar a Venezuela, registamos junto ao Conselho Nacional Eleitoral a renúncia de Manuel Rosales Guerrero como candidato na eleição presidencial de 28 de julho”, publicou no X o partido Um Novo Tempo.
“Avançaremos agora para o segundo passo nas gestões pertinentes para aderirmos à candidatura de Edmundo González, da Mesa da Unidade Democrática”, acrescentou.
A candidatura de González, 76, rival de Hugo Chávez em 2006, foi decidida por unanimidade pela coligação Plataforma Unitária Democrática (PUD), após longas reuniões.
Outros partidos que apoiavam Rosales também aderiram à decisão do governador do estado petrolífero de Zulia, que se inscreveu com seu partido, que faz parte da PUD, formada pelos 10 partidos mais importantes do país.
A oposição concentra forças em torno de um único candidato para enfrentar o presidente do país, Nicolás Maduro, que buscará o terceiro mandato consecutivo contra 12 candidatos, a maioria deles rotulados como colaboradores do governo.
“O verdadeiro risco eleitoral de Maduro é a união, e não um candidato específico”, ressaltou no X o analista Luis Vicente León.
O prazo para a alteração ou substituição de candidaturas vencia hoje, mas o CNE o prorrogou por 72 horas.