Quase cinco meses após o ataque do Hamas contra Israel, as Nações Unidas avançam que há “fortes indícios para acreditar que algumas vítimas de 07 de Outubro foram violadas, assim como alguns reféns mantidos em Gaza”. No entanto, a representante especial da ONU para violência sexual em conflitos, Pramila Patten, esclarece que não pode quantificar o número de violações.
O representante de Israel na ONU denuncia um relatório “tardio”. Todavia, em Israel, o trabalho é, ainda assim, elogiado pelos círculos feministas, enquanto o Hamas “rejeita” o relatório e fala de acusações “falsas” e “infundadas”.
No início de Fevereiro, Pramila Patten e uma equipa técnica de nove pessoas conseguiram visitar Israel e a Cisjordânia durante duas semanas e meia. Encontraram testemunhas e vítimas dos ataques, reféns libertados – embora nenhuma vítima directa de violência sexual. Analisaram 5.000 fotos e mais de 50 horas de imagens dos ataques.
Sem capacidade para avançar o número de vítimas, a enviada especial da ONU considera ter “fortes indícios” para acreditar que ocorreram violações durante o ataque do Hamas e que os reféns sofreram várias formas de violência sexual.
Era um relatório aguardado por Israel. Desde o início que Telavive acusa as Nações Unidas de não terem “vigorosamente” denunciado essa violência sexual contra as mulheres israelitas. Israel acusa as Nações Unidas de querer “abafar” este relatório. Acusação imediatamente negada pelo porta-voz do secretário-geral da ONU.