Quase um milhão de pessoas enfrentam uma grave de insegurança alimentar em Cabo Delgado, Nampula e Niassa
A situação de violência e as mudanças climáticas na província moçambicana de Cabo Delgado continuam a prepocupar as Nações Unidas que podem reforço da ajuda humanitária.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric,revelou, na sua conferência de imprensa diária na quarta-feira, 23, que os trabalhadores humanitários no local “dizem que o conflito e os choques climáticos na província do norte de Cabo Delgado continuam a provocar um aumento do deslocamento de pessoas e conduzem a uma rápida deterioração da situação humanitária naquela região”.
Quase 670 mil pessoas estavam deslocadas nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula no ano passado.
Stephane Dujarric lembrou que, desse total, quase 580 mil foram obrigadas a sair das suas casas apenas em 2020.
“Os nossos colegas (trabalhadores) humanitários alertam que mais de 950 mil pessoas nas três províncias enfrentam uma grave insegurança alimentar”, acrescentou Dujarric, quem destacou que essa situação acontece “em meio a uma grave interrupção dos serviços de saúde, água e saneamento e higiene”.
Para enfrentar essa crise humanitária, aquele porta-voz revelou que os parceiros em Moçambique “precisam urgentemente de financiamento adicional para ampliar a resposta em Cabo Delgado”, indicando que o Plano de Resposta Humanitária necessita de 254 milhões de dólares para ajudar um milhão e 100 mil de pessoas afectadas em Cabo Delgado e províncias vizinhas em 2021”.