Uma em cada cinco peças de roupa que usamos teria origem em trabalho forçado uigur na China, a denúncia é de uma aliança de quase 200 organizações de defesa dos direitos humanos de 36 países denunciando a repressão chinesa no Xinjiang contra os uigures, de confissão muçulmana da qual tiram proveito grandes marcas de pronto a vestir de todo o mundo, como a Adidas, a Nike, a Zara ou a Calvin Klein, por exemplo.
Teresa Nogueira é especialista da China na Amnistia Internacional ela alega que só os consumidores poderão fazer a diferença para pesar neste contexto.
“Se os consumidores forem informados e começarem a recusar comprar material destas empresas, então, isso surtirá, efectivamente, efeito”. Esta responsável afirma que tais condições contribuem para procurar “anular a cultura destas pessoas, dos uigures”.
Teresa Nogueira alega que os trabalhos forçados na China são prática corriqueira.
“Trabalho forçado na China é uma situação recorrente e só não vê quem não quer e só não vêem as empresas que querem ir para lá explorar. Quanto à situação dos uigures e dos cazaques e outras minorias étnicas que habitam o Xinjiang, desde séculos, estão numa situação de extrema vulnerabilidade”.
Ela denuncia a prática de internamentos em campos “de trabalhos forçados onde tentaram formatar a mentalidade das pessoas e anular a sua consciência étnica.”