O Comité Nacional da Organização da Mulher Angolana (OMA) convocou o 7º Congresso ordinário para os dias 25 a 27 de Março do próximo ano. O conclave decorre sob o lema “Mulher angolana- participação, inclusão e desenvolvimento”.
A informação foi avançada ontem, em Luanda, pela secretária-geral da organização feminina do MPLA, Luzia Inglês, no encerramento da VIII reunião ordinária do Comité Nacional da organização. As tarefas em prol do congresso devem constituir acções prioritárias da organização, declarou Luzia Inglês, que defendeu a coesão e aperfeiçoamento dos métodos de trabalho.
A dirigente falou, ainda, da necessidade de se prestar maior atenção à mobilização e sensibilização das mulheres para o êxito do conclave. No encontro, que reuniu 186 membros do Comité Nacional residentes em Luanda e nas demais províncias e no estrangeiro por videoconferência, Luzia Inglês exortou as militantes a transformarem-se em agentes de saúde pública nas respectivas comunidades, proporcionando esclarecimentos sobre as medidas de prevenção para evitar a propagação do novo coronavírus.
A reunião fez o balanço das actividades desenvolvidas pelo Secretariado Executivo Nacional de Novembro de 2019 a Maio deste ano. O Comité Nacional da OMA analisou e aprovou, com emendas, os documentos de apoio ao processo de preparação e realização do 7º Congresso ordinário. As participantes enalteceram o presidente do MPLA, João Lourenço, pelos esforços no combate à corrupção, manutenção da paz e no combate ao novo coronavírus.
O encontro analisou, entre outros documentos, o relatório do Secretariado Executivo Nacional, o regulamento do processo das assembleias de balanço e de renovação de mandatos da OMA e o programa de acção para os próximos anos. Na abertura da oitava reunião ordinária da OMA, no sábado, a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, encorajou as acções do Executivo, a sociedade civil e as estruturas do partido a continuarem com a promoção de iniciativas e acções com vista ao combate à Covid-19.
Luísa Damião defende apoio jurídico às mulheres
A vice-presidente do MPLA defendeu, no sábado, em Luanda, o reforço do apoio jurídico e legal às mulheres, para que possam exercer os seus direitos e sejam desconstruídos estereótipos de género. Luísa Damião, que discursava na abertura da oitava reunião ordinária do Comité Nacional da OMA, justificou o apelo com o facto de ainda se assistir, no país, a actos de violência contra a mulher no lar, nas redes sociais ou plataformas digitais, onde se requer o uso racional e comedido dos utentes.
“Precisamos de aumentar a voz contra todo o tipo de violência e discriminação contra a mulher no país e no mundo”, exortou. A dirigente propôs a mobilização de sinergias para o suporte médico-sanitário à mulher e à criança, tendo em conta a Situação de Calamidade que o país vive, devido à pandemia da Covid-19.
“Devemos apoiar as mulheres carenciadas, doentes, idosas, detidas e todas as que se encontram em situação vulnerável”, defendeu. Luísa Damião quer que a OMA viva os problemas de outras mulheres para que sejam parte da solução das principais preocupações e ansiedade desta parte da sociedade.
A dirigente manifestou solidariedade à mulher rural, vendedoras ambulantes e nos mercados, empreendedoras e a todas que vivem o impacto da Covid-19. “Estamos juntas nesta luta para vencermos essa pandemia do novo coronavírus e assim triunfarmos no desafio para melhorar o que está bem e corrigir o que está mal, garantindo o bem-estar das famílias angolanas”, salientou.