O Presidente dos EUA,Joe Biden, está a planear uma viagem a Angola nas próximas semanas, cumprindo uma promessa anterior que o tornaria o primeiro chefe de Estado dos EUA a visitar a África Subsaariana desde Barack Obama em 2015, anunciou a Reuters citando três fontes familiarizadas com os planos.
A viagem, que ainda está sendo finalizada, provavelmente ocorrerá após a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro e antes da eleição presidencial de 5 de novembro, segundo uma das fontes da Reuters.
A Casa Branca não comentou os planos da viagem.
Biden esperava visitar Angola no final do ano passado, mas a viagem foi adiada após o início da guerra Israel-Hamas em outubro. Biden prometeu uma parceria mais estreita dos EUA com o continente africano, já que Pequim investe pesadamente na região.
O presidente democrata recebeu o presidente angolano João Lourenço na Casa Branca em novembro passado e levantou a possibilidade de uma visita durante a reunião no Salão Oval. Em maio, ele disse que planeava fazer uma visita oficial à África em fevereiro se vencesse a eleição presidencial dos EUA.
Desejosos de combater os enormes investimentos da China na África , os EUA têm apoiado um projeto que liga a República Democrática do Congo, rica em recursos, ao porto de Lobito, em Angola, o Corredor do Lobito, por caminhos de ferro para contornar o congestionamento rodoviário na rota do cobre e do cobalto.
Biden, que assumiu o cargo em 2021, enfrentou algumas críticas por não ter visitado o continente africano no início de seu mandato, após ter orfanizado uma Cimeira de líderes EUA-África em Washington em dezembro de 2022. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, e a vice-presidente Kamala Harris visitaram a África em 2023, e o secretário de Estado, Antony Blinken, neste ano.
A viagem de Biden aconteceria semanas antes de uma eleição presidencial nos EUA que continua acirrada, com pesquisas recentes mostrando a candidata democrata Harris empatada, ou ligeiramente a frente, do seu rival republicano, o ex-presidente Donald Trump, cuja referência depreciativa às nações africanas como “países de merda” continua a repercutir nos círculos diplomáticos africanos.