“O mundo está junto com o povo ucraniano”, diz o advogado Marco Barbosa que deixou os Estados Unidos para levar um pouco de alívio a refugiados ucranianos na fronteira com a Polónia, juntamente com membros de um clube português.
“Traz uma satisfação porque estamos a fazer o bem”, afirmou em conversa com a VOA, ainda na Polónia, na semana passada.
Marcos Barbosa é natural de Cabo Verde e está radicado nos Estados Unidos desde que veio fazer os seus estudos superiores em Kansas City.
Advogado, com escritório próprio em Overland Park e engajado nas “causas boas”, decidiu, por inspiração de amigos que conhece em Portugal onde também viveu na adolescência, levar a ajuda humanitária à Ucrânia.
Ao saber da iniciativa do Valejas Atlético Clube, uma pequena agremiação da cidade de Oeiras, cujas cores são as mesmas da bandeira da Ucrânia, Barbosa, que tinha programado uma viagem a Portugal para fazer negócios e ver familiares e amigos, decidiu recolher apoios também nos Estados Unidos e juntar-se à iniciativa,
O clube tinha realizado uma primeira viagem à Polónia, de onde levou para Portugal 39 refugiados ucranianos.
De Lisboa a Medica, na fronteira da Polónia com a Ucrânia, foram quase 33 horas de carro, numa viagem em que Marcos Barbosa e os responsáveis do Velejas levaram “um pouco de ajuda” a pessoas que tanto necessitam.
“Senti uma obrigação, um prazer, em compartilhar e participar numa coisa tão única e tão necessária como essa”, conta Barbosa.
No destino, “fomos recebidos de braços abertos”, continua aquele advogado que destaca o facto de ter encontrado “uma enorme quantidade de pessoas de todo o mundo a ajudar”.
A primeira pessoa que encontrou “foi uma argentina que veio para ajudar”, acrescenta Barbosa quem destaca uma “certa satisfação porque estamos a fazer o que podemos para a ajudar o povo ucraniano que está a passar por um tempo bem difícil”.
O presidente do Valejas Futebol Clube, que liderou a delegação, destaca a “generosidade das pessoas que têm dado tanto que quase não temos onde colocar as doações”, como comida, medicamentos, roupas, etc.
Filipe Évora já está a preparar uma terceira viagem “talvez num autocarro porque temos muitos donativos”.
Prevista para realizar-se neste fim de semana, na viagem, Évora contava levar mais 49 refugiados para Portugal.