O número de mortos nos ataques terroristas no Sri Lanka subiu para os 321, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades daquele país que informaram ainda terem detido 40 suspeitos de ligação aos atentados.
As autoridades detiveram 40 suspeitos de ligação aos atentados.
“O número de mortos dos atentados de domingo aumentou para 321”, disse à agência de notícias Efe o porta-voz da polícia do Sri Lanka, Ruwan Gunasekara. Os feridos são “mais de 500”, acrescentou, admitindo a dificuldade em fornecer números exactos relativos às vítimas.
O anterior balanço era de 210 mortos e 500 feridos.
O porta-voz da polícia deu ainda conta da detenção de 40 pessoas no decurso da investigação aos ataques atribuídos a um grupo extremista islâmico local, o National Thowheeth Jama’ath, que as autoridades do Sri Lanka acreditam ter sido apoiado internacionalmente.
De acordo com o JN que cita a Lusa, o Conselho de Segurança da ONU condenou esta segunda-feira os ataques no Sri Lanka, que causaram pelo menos 290 mortos e 500 feridos, e defendeu a punição dos responsáveis.
Numa declaração acordada pelos quinze Estados membros, o Conselho de Segurança sublinhou que todos os que perpetraram, organizaram, financiaram ou apoiaram os ataques devem ser responsabilizados.
O Conselho de Segurança exortou todos os governos a cumprirem suas obrigações internacionais e a cooperarem activamente com as autoridades do Sri Lanka.
O mesmo órgão das Nações Unidas enfatizou que “qualquer ato de terrorismo é criminoso e injustificável” e que todos os Estados devem combater organizações terroristas, usando “todos os meios”, mas respeitando o direito internacional e os direitos humanos.
Entre as vítimas mortais das oito explosões de domingo está um português residente em Viseu.
A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões no domingo de Páscoa, em quatro hotéis de luxo e uma igreja.
Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país. A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.
As primeiras seis explosões ocorreram “quase em simultâneo”, pelas 08:45 de domingo (03:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais.
O número de pessoas detidas relacionadas com os ataques, que não foram ainda reivindicados, também aumentou de 13 para 24.