O novo aeroporto internacional de Luanda pretende vir a rivalizar com o de Joanesburgo, na África do Sul, funcionando como uma placa giratória de distribuição de tráfego na região, de acordo com a folha de informação África Monitor.
Em construção a cerca de 40 quilómetros da capital angolana, no Bom Jesus, município de Viana, com financiamento da China.
“A grandeza do projecto, patente no comprimento e disposição das pistas, foi determinada de modo a fazer do novo aeroporto uma placa giratória capaz de retirar ou desviar do aeroporto de Joanesburgo tráfego destinado a países da África Central e Oriental que o usa com essa finalidade”, refere.
“A ideia chave”, adianta, é que um grande aeroporto em Angola, “com dimensão capaz de lhe conferir a posição de segunda maior estrutura do género na África Subsariana”, terá níveis elevados de utilização para o encaminhamento de tráfego de passageiros e carga destinado a países como a RD Congo, República do Congo, Namíbia, Zâmbia, Uganda, Quénia e mesmo Tanzânia.
A construção do novo aeroporto está entregue a um consórcio de empresas chinesas e à brasileira Odebrecht e, de acordo com a África Monitor, uma das questões que ensombra o projecto angolano é a formação de recursos humanos para gerir o empreendimento, considerada escassa por alguns analistas.
Em construção desde finais de 2008, o novo aeroporto ocupa numa área de perto de 10 mil hectares e terá duas pistas duplas com capacidade de aterragem do Airbus A380, disporá de 12 mangas de embarque bem como restaurantes, escritórios, um hotel bem próximo e uma ligação ferroviária com a capital e, possivelmente, com a vizinha província de Malanje.
De acordo com Augusto Tomas, Ministro dos Transportes, a primeira e segundas fases, relativas ao plano geral da situação da construção até a presente data, envolvem as áreas de movimento, o terminal de passageiros, a área da torre de controlo, os projectos auxiliares e outros iniciados após Março de 2015 e os projectos a iniciar até ao fim da obra.
A terceira fase, que decorre de Janeiro a Junho de 2016, prevê a instalação e teste do projecto da torre de controlo e as áreas de movimento, com os ensaios de voos e do sistema de bagagem e de informação.
A quarta fase, de Julho a Dezembro de 2016, compreende o ensaio e a calibração dos voos de inspeção e a recepção do terminal de passageiros e outros projectos auxiliares, disse.
“A quinta fase, de Janeiro a Abril de 2017, irá completar-se com a recepção provisória da obra, irão efectuar-se ensaios definitivos e o novo aeroporto internacional de Luanda terá condições de operar a partir do primeiro semestre de 2017”. (Macauhub/Angop)