O Prémio Nobel de Economia de 2023 foi concedido nesta segunda-feira à americana Claudia Goldin pelo seu trabalho sobre a evolução do lugar das mulheres no mercado de trabalho. Já tida como favorita para este prémio, Claudia Golding foi galardoada por “ter feito avançar a nossa compreensão da situação das mulheres no mercado de trabalho”, anunciou o júri Nobel.
A laureada, com 77 anos é a terceira mulher a vencer o Prémio Nobel da Economia a seguir à americana Elinor Ostrom, em 2009, e à franco-americana Esther Duflo, em 2019. Professora em Harvard e especialista do mundo do trabalho e da história da economia, “a investigação de Claudia Goldin deu-nos uma visão nova e muitas vezes surpreendente do papel histórico e contemporâneo das mulheres no mercado de trabalho”, considerou o júri.
Especialista em história da economia, “Claudia Goldin passou em revista os arquivos e colectou mais de 200 anos de dados sobre os Estados Unidos, o que lhe permitiu mostrar como e por que as diferenças de rendimento e taxas de emprego entre homens e mulheres mudaram ao longo do tempo”, segundo o júri referindo que “ela destacou os principais factores de diferenças entre homens e mulheres” e como eles evoluíram nos últimos dois séculos à medida que a industrialização levou a um declínio no trabalho feminino durante o século XIX, ainda de acordo com o comunicado do júri.
A nível mundial, cerca de 50% das mulheres estão inseridas no mercado de trabalho, contra 80% para os homens, sendo que as mulheres ganham menos e “têm menos probabilidades de atingir o topo da escala profissional”, apontou ainda Randi Hjalmarsson, membro do Comité Nobel.
Recorde-se que este que é o último da série de outros prémios Nobel que foram sendo atribuídos ao longo da semana passada, contemplou no ano passado do trabalho de Ben Bernanke, ex-presidente do Banco Central americano e os seus compatriotas Douglas Diamond e Philip Dybvig, pelas suas investigações sobre os bancos e os seus resgates durante as tempestades financeiras.